“Música e Movimento na Educação”
“Crianças compondo suas músicas” – Carl Orff
Curso de extensão e capacitação profissional
8 a 12 de janeiro de 2024
São Paulo (SP)
“MÚSICA E DANÇA ELEMENTAR NA EDUCAÇÃO”
“Música Elementar é a música aliada ao movimento da dança e da palavra falada” (Carl Orff).
Este curso se propõe a oferecer experiências básicas em música, movimento, dança em um percurso disciplinar, inspirar os participantes a diferentes proposições com os elementos artísticos de maneira criativa.
Professores convidados

“Dance comigo!” – Andrea Ostertag
Criatividade, engenhosidade (inventividade), fazer coisas de forma criativa, experimentar e criar em conjunto, expressar-se artisticamente, são características essenciais das diferentes artes. No trabalho transdisciplinar, os eixos artísticos estão relacionados entre si. Música, dança e fala – no sentido de Orff-Schulwerk – são a base. Formas de dança vinculadas e livres serão desenvolvidas de diversas maneiras (improvisação de dança; trabalho solo e em grupo; diferentes ferramentas) e também discutiremos sobre os diferentes grupos-alvo.
Andrea Ostertag (Áustria) – Estudou “Música e Dança na Educação” no Instituto Carl Orff da Universidade Mozarteum de Salzburgo. Iniciou sua carreira ministrando workshop em escolas regulares e de música como também em diversas instituições ao redor do mundo.
Desde 1991 é professora do Instituto Orff nas disciplinas de dança folclórica, dança com crianças, técnica de dança além das aulas teóricas. É organizadora dos cursos de pós-graduação do Instituto Orff.
Formada em Shiatsu, ClownDoctor em hospitais e atua em um grupo de música à capella de cabaré. É Mestre na área de Dança e Musicologia pela Universidade Paris Lodron de Salzburgo.
“Orff Ensemble e a neurociência” – Sandra Salcedo
Oficina vivencial onde, por meio da música colombiana, são reconhecidos os processos de construção de um conjunto instrumental, evidenciando como isso pode potencializar o desenvolvimento cognitivo, como as funções executivas. Este é um dos poucos workshops no mundo onde se combinam música e conhecimentos pedagógicos com neurociências cognitivas, dando lugar às ferramentas da neuroeducação. Esta oficina é inspirada em seus estudos de Mestrado em Desenvolvimento Infantil. Serão trabalhados diferentes ritmos colombianos para criar processos instrumentais em conjuntos, analisando como estes potencializam as habilidades no cérebro das crianças.
Sandra Salcedo (Colômbia) – Compositora colombiana dedicada à música infantil e à pesquisa pedagógica. Especialista em Literatura Infantil e Juvenil (2019). Mestre em Desenvolvimento Infantil pela Universidad de la Sabana (2022). Em 2014 recebeu a certificação Orff-Schulwerk do San Francisco International Orff Course (CA, EUA).
Ministrou oficinas e palestras relacionadas às metodologias de formação musical, Orff-Schulwerk para a primeira infância e seus conjuntos, música e dança tradicional colombiana e recentemente sua pesquisa sobre conjuntos instrumentais Orff como potencializadores de funções executivas (neurociências cognitivas) em crianças na Colômbia, Argentina, Brasil, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos e Porto Rico.
Em 2014 fundou a Associação Orff Colômbia (ACOLORFF), onde faz parte do conselho de administração. Em 2015 concluiu o programa de estágio Orff na San Francisco School com os professores Sofía López-Ibor, James Harding e Doug Goodkin, e participou como palestrante na Conferência Nacional AOSA, na cidade de San Diego,
Atualmente é professora de estimulação musical para bebês e iniciação musical infantil e piano em renomadas instituições privadas em Bogotá (Colômbia). Desde 2012, dirige a Orquestra Orff da Escola Rochester (Chía, Colômbia), composta por 20 crianças entre 5 e 8 anos de idade.
“O corpo e a fala na construção da identidade musical brasileira” – Herí Brandino
A formação versará principalmente metodologias de ensino que resgatam elementos da identidade musical brasileira, com ênfase no uso da fala e do corpo musical. Para tanto, serão oferecidos dinâmicas e jogos em roda, jogos de mãos em duplas e em grupo, uso de instrumentos não convencionais e percussão corporal combinada ao canto. Todas as atividades têm objetivo a reflexão para inspiração em diferentes contextos de ensino por educadores e educadoras. Como embasamento dessas atividades, serão expostas algumas compreensões da música que são alicerces para a construção da identidade musical brasileira, especialmente aquela de matriz africana. Algumas dessas compreensões são os melorritmos, o uso de mnemônicas e da fala no ensino, a corporificação dos sons, as claves rítmicas e a inter-relação de estruturas musicais em analogia às relações humanas.
Herí Brandino (Brasil) – Mestre em percussão pela UFMG e graduado pela UNESP, complementou seu mestrado na McGill University, Montreal. Atualmente é professor de percussão da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP) e do curso de pós-graduação em percussão brasileira da Faculdade Santa Marcelina.
Sua atividade musical inclui diversas linguagens, incluindo música de concerto, contemporânea, popular brasileira, improvisações e projetos multilinguagem.
É idealizador de atividades de educação e disseminação musical que envolvem criações e jogos rítmicos com referência na musicalidade brasileira, como a Roda Rítmica, o Ritmo das Coisas e os Jogos de Mãos com Ritmos Brasileiros, comtemplados em Editais da Funarte e PROAC.
É pesquisador de formas alternativas de expressar música, como a percussão corporal multilinguagem, com pesquisas e performances apresentadas no II congresso de percussão Brasileira, no festival “Atemporanea” em Buenos Aires, na exposição “Revisiting Avant-Garde” da galeria Geis, da Georgian Court University, Nova Jersey e no Encontro de percussão da PAS (Percussive Arts Society) em Indiana.
Convidadas especiais
“ÒNÀ: Corpo e Memória – O Pisar na Aldeia” – Kelly Silva
“ÒNÀ” Corpo e Memória, o pisar na Aldeia, pretende ser uma exploração das danças brasileiras, enraizada em pesquisas que datam desde a infância.
O principal objetivo é investigar os gestos comuns encontrados nessas manifestações culturais. Nesse encontro os participantes terão a oportunidade de aprender os movimentos básicos da dança do coco de roda, entender sua profunda importância cultural e histórica.
Kelly Silva (São Paulo) – Paulista, dançarina e pedagoga, com estudos na área da dança e educação, especificamente nas danças populares e tradicionais. Fundadora e dançarina-pesquisadora do grupo Dagbá Ijo, vinculado ao Centro de Referência da Cultura Brasileira da Oca, que tem como proposta o estudo das danças afro-brasileiras em diálogo com outras culturas e expressões, tais como música, canto e teatro. Atua como dançarina e educadora na Oca-Escola Cultural, fruto de seu envolvimento desde a infância na comunidade da Aldeia e na Oca, onde construiu o próprio caminho por meio dos saberes dos mestres populares e da cultura afro-brasileira. Esta experiência estende-se também para o Instituto Cacau Show, ministrando aulas e direções artísticas no núcleo de Dança e Culturas, no setor de dança brasileiras e suas matrizes.
Também é dançarina do Grupo Dagbá Ijo, Orquestra Humanação, Grupo Folias e Folguedos, Orquestra Frevança entre outros apresentando-se com os grupos em diversos espaços culturais.
“Propostas criativas e colaborativas para o ensino da flauta doce” – Claudia Freixedas
Por meio de experiências significativas e momentos de reflexão, pretende-se compartilhar uma abordagem didática que desenvolva tanto a técnica tradicional quanto a contemporânea, desde o início do aprendizado da flauta doce, incentivando novas formas de fazer e escutar música através das possibilidades expressivas da flauta doce.
Os participantes serão convidados a explorar novas sonoridades na flauta, também chamadas de técnicas estendidas, de modo lúdico e a experimentar alguns procedimentos da música contemporânea, como jogos de improvisação, além da apreciação de algumas obras específicas, por meio de atividades colaborativas, possibilitando uma aproximação com o repertório dos séculos XX e XXI, as técnicas estendidas e as notações gráficas para flauta doce que podem ser utilizadas com alunos de qualquer nível.
Claudia Freixedas (São Paulo) – Educadora musical e flautista doce. Graduada e Mestre em Música pela ECA-USP. Especialista em Capacitação docente em Música Brasileira pela Anhembi Morumbi e estudou no Conservatório Real de Haia-Holanda (1992- 1994). Superintendente Educacional da Sustenidos, gestora do Projeto Guri e do Conservatório de Tatuí. Foi professora na EMIA-SP de 2000 a 2012, na faculdade FIAM- FAAM de 2009 a 2015 e na Faculdade Cantareira de 2011 a 2020. Atua na formação de professores de música, além de ministrar oficinas de flauta doce e sua didática em diversos festivais e encontros musicais no Brasil e América Latina. Atua como camerista nos grupos Doces diálogos, Trio Sospirare, entre outros.
“Cantando com o corpo, dançando com a voz – Sincretismos e encantamentos” – Cristiane Ferronato
Cantar e dançar pra saudar o tempo que virá, que foi, que está.
Cantigas, canções e brincadeiras que convidam o corpo pra cantar e a voz pra dançar, tramando harmonias e ritmos que misturam o sagrado e o profano nos caminhos dos encantamentos das práticas coletivas.
Cristiane Ferronato (Caxias do Sul – RS) – A arte-educadora e regente Cristiane Ferronato utiliza a Música como possibilidade para transcriações, valendo-se especialmente de práticas coletivas de percussão e canto coral. É Mestre em História (2020), licenciada em Pedagogia (2003), e pós-graduada em Capacitação Docente em Música Brasileira (2006). Especializou-se como Educadora Brincante pelo “Instituto Brincante” (2007), e na pedagogia musical Orff-Schulwerk pelo “The San Francisco Orff Course-USA” (2015). Foi regente, entre outros, do Coro Infanto-Juvenil de Veranópolis e das Meninas Cantoras de Nova Petrópolis. Foi integrante e é co-fundadora do grupo Zingado. Atualmente é professora no Curso de Licenciatura em Música da UCS e regente e diretora artística do Coro Juvenil do Moinho/UCS. Frente a este grupo, concebeu e dirigiu vários espetáculos, como Contrapontos (2017) e Moinho Nômade (2019).
Fotos: arquivo ABRAORFF








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